domingo, 8 de julho de 2012

Crepúsculo das Vertigens


 











Crepúsculo das Vertigens
Rita Santana


Ante o teu olhar de céu marítimo,
Cedo oferendas ao teu cinismo-seco.
Crepusculo raízes de verdades verdes,
E, ainda assim, quero-te meu!
Apaixonado e obscuro-louco,
Encantador das minhas servas serpentes.



Mente quem olha em silêncio
Tua brandura!
És ofertado a escândalos de botequins.
Tens no nome um Império de mangues,
E no meu lodo escavas pepitas,
Pratarias de negra apanhada
Em arrecifes de ciúmes.



Vingo-me perante o ópio epiderme de teus olhos
E morro a cada romper de casco sobre pedras.























Poema do livro  Alforrias (ainda inédito) /Publicado na antologia Encontro com o Escritor/2010/Fotos: Rita Santana




2 comentários:

  1. é vertiginosa a entrega de quem olha e reconhece o precipício, o início de todas as quedas e todos os voos.

    poema belo belo!

    beijos

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  2. É esse precipício das palavras em que você é moradora constante, Andrea. Beijos, Poeta. Bom ter você por perto.

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